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Data Center no Varejo: O Que Está em Jogo Quando as Vendas Disparam 

O terceiro trimestre do ano é estratégico para o varejo. A Black Friday 2024 é um exemplo claro desse impacto: o evento registrou o maior crescimento no varejo físico desde 2017, com uma alta de 18,7% em relação a 2023. No e-commerce, o faturamento atingiu R$ 8 bilhões

O aumento expressivo das vendas nesse momento também amplia os riscos para o setor. Sobrecargas, instabilidades de sistemas e falhas na integração de canais podem transformar oportunidades de lucro em prejuízos significativos.  

Nesse cenário a preparação da infraestrutura de Data Centers se torna um ponto crítico de atenção. Sem ambientes seguros e escaláveis, o varejo corre o risco de não acompanhar a demanda crescente do período. Nesse artigo vamos explorar o que são os Data Centers, qual é o mais adequado para o seu tipo de infraestrutura e como se preparar para momentos de alta demanda.  

O que é um Data Center? 

Data Center é o ambiente físico ou remoto que abriga servidores, sistemas de armazenamento, dispositivos de rede e os demais recursos que garantem o funcionamento ininterrupto dos sistemas corporativos. 

Em termos práticos, o Data Center é o coração tecnológico de uma organização. 

No setor varejista, essa estrutura é ainda mais importante: a jornada de compra de um ponto físico ou digital depende da estabilidade, disponibilidade e performance dos sistemas dessa operação.  

Controle de estoque em tempo real, integração omnichannel e sistemas de pagamento são apenas alguns dos processos que passam direta ou indiretamente pela infraestrutura mantida no Data Center de uma empresa. 

Em casos de instabilidade, lentidão ou indisponibilidade total da infraestrutura a organização sente impactos financeiros, e por vezes reputacionais, imediatos.  

Nessas situações, a arquitetura do Data Center se torna uma decisão estratégica. A capacidade de escalar rapidamente, garantir alta disponibilidade e responder com segurança em picos de tráfego depende, em grande parte, do modelo adotado. 

A seguir, exploramos as principais diferenças entre os modelos de Data Center On-Premisses, também conhecido como Tradicional, MSP e Cloud. 

 Essa explicação é crucial para compreender qual modelo oferece maior capacidade de resposta diante dos desafios do mercado.

Data Center Tradicional (On Premises) 

Os Data Centers Tradicionais, ou On Premises, são ambientes físicos construídos sob medida para abrigar toda a infraestrutura de TI de uma empresa, normalmente instalados em salas técnicas ou andares inteiros dedicados a isso dentro das organizações. 

Este modelo concentra servidores, dispositivos de armazenamento, sistemas de rede, refrigeração, energia e segurança que são implementados como parte de uma estrutura fixa e estática. 

Essa configuração permite alto grau de controle sobre os ativos, segurança física reforçada e personalização completa da arquitetura, permitindo ao time interno de uma empresa grande domínio sobre os componentes dos servidores. 

Apesar do investimento inicial elevado, o Data Center Tradicional pode, em alguns casos, apresentar um custo-benefício vantajoso: considerando o ROI de 5 anos o Data Center On Premisses pode ser mais benéfico do que os em Cloud e MSP. 

Esse modelo também demonstra maior previsibilidade financeira para empresas com alta demanda e utilização contínua de infraestrutura.  

Além disso, esse modelo pode servir como base para arquiteturas híbridas, em que parte da operação roda localmente e outra parte é integrada a soluções em nuvem ou em ambientes gerenciados.  

Para organizações que costumam ter um grau elevado de previsibilidade e processos operacionais maduros esse modelo pode ser o mais adequado. Tais características também permitem planejar uma infraestrutura mais precisa e justificar investimentos robustos em estruturas físicas próprias. 

Data Center Managed Service Provider  

Os Data Centers Gerenciados, também conhecidos como MSPs (Managed Service Providers), são uma solução intermediária entre os modelos On-Premises e Cloud.  

Nesse modelo, a empresa contrata um provedor especializado que oferece a infraestrutura de TI pronta para uso, acompanhada de serviços de operação, suporte e monitoramento contínuo. 

Em vez de investir na construção e manutenção de seu próprio Data Center, a organização aluga o uso dessa estrutura física e conta com o auxílio de uma equipe terceirizada para a gestão deste local. 

O grande diferencial deste modelo é a forma como os serviços são gerenciados: o MSP fornece a infraestrutura e administra o ambiente para o cliente, assumindo tarefas como atualizações, backups, monitoramento de desempenho e resposta a falhas. 

Além de favorecer a escalabilidade planejada, permitindo que a capacidade do data center seja aumentada gradualmente conforme a demanda, muitos MSPs oferecem suporte para atender normas de governança e conformidade, como a LGPD.  

Esse tipo de Data Center é ideal para empresas que precisam manter alta disponibilidade e desempenho, especialmente em momentos de pico como o último trimestre do ano, mas não podem alocar grandes recursos em infraestrutura própria.  

Hospedagem de dados em nuvem  

O modelo de Data Center em Nuvem, ou cloud pública, é baseado no uso de infraestrutura virtualizada fornecida por grandes provedores como Google Cloud, AWS, Microsoft Azure etc.  

Nesse formato, a organização não possui nem opera nenhum hardware físico próprio, em vez disso ela consome recursos como servidores, armazenamento e processamento sob demanda, acessando tudo de maneira remota.  

Por não possuir um local físico, o Data Center hospedado em cloud pública apresenta uma capacidade de escalar recursos de forma instantânea e elástica. Em momentos de altíssima demanda a infraestrutura pode ser ajustada automaticamente sem a necessidade de compra ou instalação de novos equipamentos.  

Outras vantagens relevantes são a agilidade de implantação, uma vez que os sistemas e serviços podem ser configurados e colocados em produção rapidamente, e a redução da complexidade operacional desse modelo, dado que a atualização de sistemas e a gestão de segurança são responsabilidades do provedor de nuvem.  

Apesar disso, é importante considerar que o controle sobre a infraestrutura é mais limitado quando comparado com Data Centers On-Premises e MPS. Além disso, os custos de um Data Center em Nuvem podem variar significativamente conforme o uso. 

O modelo Cloud costuma ser mais vantajoso para organizações que buscam agilidade, inovação constante e alta variabilidade de carga, especialmente aquelas com forte presença digital e operações omnichannel.  

Qual o melhor Data Center para o seu projeto? 

A escolha de um tipo de Data Center ideal não é uma decisão puramente técnica: também é uma decisão estratégica.  

O melhor modelo dessa tecnologia depende diretamente do perfil da operação, do momento do negócio, da maturidade digital e das metas e previsão de crescimento de uma empresa. 

Por isso, não existe uma única resposta correta para essa pergunta: existe a infraestrutura que melhor atende às necessidades específicas de cada projeto. 

Para ilustrar como diferentes modelos de Data Center podem ser aplicados de forma estratégica, trazemos três projetos com perfis distintos, cada um com uma solução sob medida para seus contextos e desafios.   

Varejo alimentar e infraestrutura própria: performance e controle como prioridade 

Apesar do alto investimento de estruturação o modelo On-Premises é o melhor para empresas que precisam de controle total, alta personalização e segurança física reforçada. 

Entre os cases Rox Partner, destacamos dois feitos para redes supermercadistas: foram conduzidos refreshes dos Data Centers On-Premises com foco em performance, cyber resiliência e deduplicação.  

Em uma das operações, a consolidação de um ambiente VMware permitiu uma gestão mais eficiente e redução de complexidades técnicas. Na outra, a substituição do Oracle Database Appliance (ODA) por uma solução baseada full em NVMe trouxe ganhos expressivos em velocidade, capacidade de resposta e eficiência energética.  

Ao unir personalização profunda, segurança física reforçada e autonomia na gestão dos ativos, os projetos realizados garantem estabilidade e previsibilidade para os clientes.  

Ambos os casos ilustram como, em organizações com grande maturidade operacional, alto volume de dados sensíveis e uma infraestrutura crítica que exige controle total, o ambiente tradicional se mostra o mais estratégico. 

Quando bem planejado e executado, o Data Center próprio deixa de ser uma alternativa viável e se torna uma alavanca para o desempenho competitivo. 

Indústria e escalabilidade com segurança: migração para modelo MSP

Em momentos de alta demanda, a infraestrutura de TI precisa estar pronta para responder com agilidade, segurança e escalabilidade. 

Foi com esse foco que uma grande indústria de embalagens recorreu à  Rox: o objetivo era modernizar sua infraestrutura, migrando de um ambiente On-Premises para um modelo MSP. 

O projeto proporcionou alta performance para servidores de bancos de dados, com discos FCM, além de estratégias de segurança e continuidade. Foram implementadas soluções de disaster recovery, firewall e backup. 

A arquitetura desenhada contemplava não só estabilidade e proteção, mas também escalabilidade, permitindo que a operação cresça de forma segura e ágil em momentos de pico, como o último trimestre do ano.  

O modelo MSP é ideal para empresas que buscam o equilíbrio entre alta performance, segurança e flexibilidade, sem os custos e a complexidade de manter uma infraestrutura própria. 

A gestão especializada e o suporte contínuo garantem que a empresa se concentre em seu core business, enquanto a TI responde com agilidade às exigências do mercado.   

Migração para Cloud: Escalabilidade e Continuidade Multissetorial 

Com atuação em diversos ramos, entre eles farmacêutico, químico e indústria, um dos clientes da Rox Partner buscava avaliar a viabilidade de modernizar sua infraestrutura de Data Center. 

Para garantir a continuidade dos negócios e preparar a operação para cenários críticos, a Rox desenhou uma arquitetura em cloud pública com foco em resiliência e escalabilidade. O projeto foi estruturado em zonas distintas de disponibilidade, assegurando um plano de disaster recovery. 

O ambiente foi modernizado para oferecer escalabilidade sob demanda e camadas de segurança avançada, atendendo aos requisitos dos diferentes setores em que o cliente atua.  

A elasticidade da nuvem trouxe ao cliente uma alta capacidade de adaptação de sua operação, respondendo a diferentes picos de demanda em cada um de seus mercados.  

O modelo cloud pode ser decisivo para organizações que buscam inovação constante, flexibilidade operacional e alto nível de resiliência, especialmente em mercados dinâmicos, com necessidades distintas e crescimento acelerado. 

Não Espere a Crise Chegar: Planejando seu Data Center para o Futuro 

Datas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal não são só períodos de maior faturamento, também são momentos que elevam o tráfego, a complexidade e a pressão sobre os sistemas da empresa.  

Justamente nesses picos a ausência de planejamento revela seus maiores impactos, seja por meio de instabilidades, perda de vendas, atrasos logísticos ou falhas de segurança.  

Planejar a infraestrutura de TI é mais do que garantir que sistemas suportem o volume de acessos. Ter um projeto bem estruturado significa assegurar que a empresa esteja preparada para crescer, inovar e se proteger sem depender de soluções emergenciais ou improvisações de última hora.  

Quando a infraestrutura não está preparada para momentos de grande pressão, a organização sofre com altas perdas financeiras. Segundo a Sofist, o e-commerce brasileiro perdeu R$98,3 milhões em 2023 por conta de problemas como instabilidade e lentidão de sistemas.  

Além das perdas monetárias, há perdas de imagem. No varejo, em que a reputação está intimamente relacionada com a experiência do consumidor, falhas visíveis revelam ausência de preparo estratégico. 

Como resultado, as marcas podem sofrer críticas na esfera pública, perder clientes, parcerias e até mesmo a confiança do mercado, a depender do tamanho e tipo de falha.  

Por isso, é necessário encarar a infraestrutura de TI como uma área estratégica e de suma importância para a organização. Com o planejamento correto, é possível construir uma base que sustenta pico de vendas e favorece inovação, segurança e escalabilidade futura.  

Aqui, listamos quatro ações importantes para preparar seu Data Center para momentos de grande fluxo. 

Escolher o modelo de Data Center mais adequado 

Como já tratado anteriormente, ter o modelo correto de Data Center pode ser o que diferencia o lucro e o prejuízo.  

Ao fazer essa escolha, o foco principal não deve ser no melhor modelo, mas no modelo que melhor atende às particularidades atuais e futuras da operação de cada empresa.  

Compreendendo o volume esperado de crescimento, os riscos que a organização está disposta a assumir e os riscos internos disponíveis é possível escolher o Data Center que melhor atende as necessidades de cada empresa.  

O erro mais comum nessa etapa é se guiar apenas pelo custo inicial, sem considerar o ROI, a continuidade operacional e a capacidade de resposta em períodos críticos. 

Garantir SLA e suporte especializado com o provedor 

Um contrato de serviço robusto é um dos pilares para garantir a confiabilidade da infraestrutura em períodos críticos.  

Prometer apenas disponibilidade não é suficiente, é preciso assumir compromissos formais sobre nível de serviço, tempo de resposta, suporte emergencial e penalidades em caso de falha.  

Ter um SLA que reflita as reais necessidade do negócio é um ponto primordial. Empresas com operação 24/7 não podem depender de suporte comercial ou limitado. 

Contar com um suporte técnico especializado, com equipes treinadas e disponíveis em tempo real é a diferença entre um incidente resolvido rapidamente e uma crise prolongada.  

Implementar monitoramento em tempo real com alertas automáticos 

Monitoramento contínuo é o que permite que uma empresa antecipe falhas em vez de apenas reagir a elas. Em grandes operações, não basta saber que algo deu errado: é preciso saber antes que o problema impacte o cliente. 

Quando soluções de monitoramento em tempo real são combinadas com alertas automáticos e inteligência analítica, as organizações conseguem sinalizar comportamentos incomuns e falhas em potencial, permitindo ações preventivas e respostas rápidas.  

Avaliar o ROI da infraestrutura atual e planejar a evolução 

Ao encarar a infraestrutura de TI como um investimento, ela deve ser avaliada como tal. Entender o ROI de um projeto de Data Center é compreender quanto a empresa ganha, ou deixa de perder, ao investir em estabilidade, segurança e escalabilidade. 

Em momentos de grande pressão, isso se traduz diretamente em receita preservada, reputação protegida e oportunidade aproveitada.  

Avaliar o ROI de um Data Center é uma tarefa complexa: devem ser considerados fatores como tempo de disponibilidade, ganhos em performance, redução de riscos operacionais, entre outros.  

Planejar a evolução da infraestrutura com base nesse retorno é o que garante que a tecnologia acompanhe o crescimento do negócio. 

Do planejamento à operação: onde muitas decisões falham  

Implementar e manter uma decisão a longo prazo é um dos maiores desafios relacionado a Data Centers. É comum que empresas iniciem um projeto sem considerar variáveis essenciais como escalabilidade real, impacto sobre o negócio, ROI de longo prazo e maturidade operacional.  

Sem o suporte adequado, é fácil se deparar com soluções super ou subdimensionadas, gerar dependências técnicas ou adiar decisões críticas por falta de dados confiáveis.  

Em momentos de alta demanda, baixa margem para erro e elevados custos em caso de ineficiência, a falta de planejamento é um ponto crítico. 

Na Rox Partner, oferecemos soluções completas em planejamento, implementação e gestão de Data Centers, incluindo projetos personalizados, avaliação de ROI, estratégias de escalabilidade, segurança e monitoramento contínuo.  

Antecipar, planejar e investir de forma inteligente é o que separa empresas que reagem de empresas que lideram. E quando a estrutura está pronta, os resultados aparecem com mais previsibilidade e segurança. 

Não se cresce no caos: sem uma boa base não há escala 

A infraestrutura de TI não é o suporte da operação, é o alicerce sobre o qual todo o crescimento se constrói. Quando essa base falha, os impactos aparecem em forma de perdas significativas. 

Empresas que reconhecem o verdadeiro papel da infraestrutura sabem que é preciso ter um sistema preparado para crescer junto com a demanda, sem improvisos e gargalos que podem colocar o negócio em risco. 

A estabilidade operacional não se improvisa, ela é construída com visão, estratégia e decisões bem fundamentadas. 

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A Rox Partner, especialista em projetos de infraestrutura. Atuamos com o planejamento, implementação e gestão completa de ambientes de TI, oferecendo soluções personalizadas, suporte contínuo e foco em alta performance, segurança e escalabilidade. Para preparar sua infraestrutura para os desafios de momentos de alta demanda, conte com a Rox Partner. Fale com nossos especialistas.

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